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Ibovespa Hoje: como Fed, dólar e política impactam a Bolsa em 20/08/2025

O Ibovespa oscila em 20 de agosto de 2025 diante da ata do Fed, dólar em queda e cenário político no Brasil. Entenda os impactos nos bancos, empresas e investidores.

No pregão desta quarta-feira, 20 de agosto de 2025, o índice Ibovespa iniciou a sessão oscilando entre leve alta e queda, refletindo um cenário marcado por dúvidas sobre a política monetária dos 

Estados Unidos, retração do dólar e movimentações políticas internas. No momento em que circulam expectativas em torno da ata do Federal Reserve que deve guiar os rumos da política de juros nos EUA, o índice flutua com cautela.

Logo pela manhã, o Ibovespa chegou a subir, alcançando patamares próximos de 134,7 mil pontos, apoiado, em parte, por recuos no valor do dólar comercial, que operava em torno de R$ 5,46. Contudo, essa valorização mostrou-se instável. 

Com a divulgação de dados internacionais e a atenção voltada para o simpósio do Fed em Jackson Hole, o índice recuou lentamente, retomando os níveis de 134,3 mil pontos.

Além das questões internacionais, o ambiente político doméstico exerce influência significativa. 

A divulgação de uma pesquisa Quest mostrou melhora na aprovação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que passou de 43% para 46%, ainda com 51% de desaprovação. 

Em paralelo, o ministro Flávio Dino, do STF, segue no centro das atenções enquanto defende a soberania legal do país diante de sanções aplicadas unilateralmente por outros países, repercutindo especialmente no setor bancário. 

O setor financeiro sofre os impactos mais visíveis. 

Na terça-feira, o Ibovespa registrou queda de 2,10%, fechando aos 134.432,26 pontos, principalmente devido a perdas expressivas nas ações de grandes bancos: 

Banco do Brasil (BBAS3) recuou 5,79%, Itaú (ITUB4) caiu 3,05%, Bradesco (BBDC4) caiu 3,43%, BTG Pactual (BPCA11) perdeu 5,13% e Itaúsa caiu 3,31%.

Nos mercados futuros, o mini-índice do Ibovespa refletiu ainda maior pessimismo. 

Na terça, o contrato futuro teve forte recuo de 2,52%, negociado a 136.490 pontos. 

Essa queda adicional foi atribuída à combinação de incertezas judiciais, especialmente sobre a Lei Magnitsky e à intensificação da guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos. 

O dólar comercial, que passou por forte alta na véspera, operava em queda nesta quarta. Ainda assim, seu nível elevado pressiona as empresas com receitas em moeda estrangeira e pesa nas expectativas de investidores.

Além disso, o contexto externo, com atenção voltada para o simpósio de Jackson Hole e para a ata do Fed, cria um ambiente de hesitação. Investidores procuram sinais sobre possíveis cortes de juros nos EUA e podem ajustar suas alocações, tanto em ações quanto em ativos de renda fixa e câmbio.

Internamente, além da instabilidade política e das altas taxas de juros, há movimentação em setores estratégicos. 

A Petrobras, por exemplo, iniciou processos de contratação para a construção de sua primeira fábrica de BioQAV e diesel renovável em Cubatão, São Paulo, com previsão de atingimento de capacidade de produção de até 16 mil barris por dia e geração de cerca de 3 mil empregos na fase de implantação.

Já a Klabin atraiu R$ 1,2 bilhão em aportes externos para seu Projeto Plateau, com impacto positivo na recomendação de compra das ações, conforme Genial Investimentos.

Simpar, por sua vez, destacou-se ao anunciar a venda da Ciclos Ambiental por R$ 1,1 bilhão, levando o preço de suas ações a saltar mais de 10% de forma imediata 

O dia mostrou-se, portanto, marcado por volatilidade, com os investidores protegendo-se contra riscos judiciais, tarifários e externos, enquanto avaliam indicadores políticos, decisões corporativas e movimentações macroeconômicas.

Em termos de acompanhamento mais refinado, o InfoMoney divulgou que o Ibovespa havia fechado com leve queda na terça, entretanto trouxe momentâneas altas e baixas ao longo da manhã desta quarta, com diferentes setores apresentando desempenhos contrastantes. Pode-se notar como o índice segue sensível tanto à conjuntura interna quanto à externa