As ações da Casas Bahia e do Magazine Luiza dispararam na bolsa em agosto de 2025.
Entenda os motivos da alta, os desafios do setor e o que esperar para o futuro do varejo.
Finanças online ?29/08/2025

No mundo das finanças é preciso estar atento ao movimento do mercado de ações, se você investe em ações continue lendo este artigo veja porque as ações da casas Bahia e do Magazine Luiza estão em alta.
As ações da Casas Bahia e do Magazine Luiza dispararam na bolsa em agosto de 2025.
Entenda os motivos da alta, os desafios do setor e o que esperar para o futuro do varejo.
O início do segundo semestre de 2025 tem sido marcado por forte movimentação no setor varejista brasileiro.
As ações da Casas Bahia e do Magazine Luiza registraram altas expressivas nos pregões, um movimento que chamou a atenção tanto dos investidores de varejo quanto dos institucionais.
A aceleração do otimismo em agosto
Nas primeiras semanas de agosto, os papéis do Magazine Luiza subiram cerca de 24,5%, enquanto os da Casas Bahia chegaram a avançar mais de 36%.
Em contraste, o Ibovespa acumulou uma valorização bem mais modesta, em torno de 6,6%, no mesmo período.
Esse movimento reflete um processo de reconciliação do mercado com as varejistas, após um longo ciclo de ajustes financeiros e operacionais.
Transformação em curso no varejo
As altas se deram em meio a uma série de mudanças estruturais promovidas pelas empresas.
A Casas Bahia registrou um lucro líquido de 37 milhões de reais no segundo trimestre de 2025, uma reversão significativa frente ao prejuízo de 492 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
O Magazine Luiza também reverteu prejuízo, com lucro líquido de 23,6 milhões, ante perdas acima de 300 milhões no ano anterior.
Esses resultados positivos refletem o legado de ajustes feitos nos trimestres anteriores, incluindo redução de custos, reestruturação de lojas e foco em rentabilidade e geração de caixa.
Um movimento impulsionado também por condicionantes técnicos
Além dos resultados operacionais, parte da valorização recente pode ser explicada por questões técnicas do mercado.
Especula-se que movimentos de short squeeze tenham ajudado a impulsionar os papéis, já que muitos investidores estavam apostando na queda, e precisaram recomprar ações rapidamente, elevando os preços de seu dinheiro.
Também houve entrada de capital externo em busca de oportunidades baratas, especialmente em ativos com histórico recente de volatilidade.
Volatilidade e cautela continuam
Apesar das altas, o cenário continua desafiador.
Para o restante de 2025, o ambiente macroeconômico ainda deve pesar no varejo, com juros elevados, endividamento das famílias e sinais econômicos mistos.
A estrutura de capital, em particular da Casas Bahia, ainda representa um ponto de atenção.
A empresa entrou em acordo de recuperação extrajudicial que garantiu liquidez e alívio sobre o serviço da dívida, mas o endividamento ainda permanece elevado.
Analistas destacam que Magalu ainda mantém recomendações neutras em boa parte das instituições, com poucas indicações de compra, e a situação da Casas Bahia é ainda mais conservadora.
Oportunidade e expectativa
O movimento de valorização recente oferece uma janela de oportunidade, mas exige perfil investidor atento e tolerante à volatilidade.
O processo de transformação das empresas ainda está em curso, e os resultados futuros dependerão da continuidade de ajustes, da recuperação da demanda e da melhora no cenário econômico.
Para quem busca entrar agora, pode ser prudente acompanhar os próximos trimestres e entender se os ganhos são sustentáveis.
No curto prazo, a atuação em carteira pode trazer ganhos expressivos, mas a volatilidade segue elevada.